30/11/08

Manual de Sobrevivência em Centros Comerciais em 10 Lições Práticas

Lição 1: Nunca vá a um Centro Comercial ao Domingo

Segundo pesquisas recentes, há uma glândula chamada Comprálamo que, semanalmente, segrega uma substância para a corrente sanguínea denominada de 5H0PP1N6 e que faz os Homo sapiens sapiens cometerem loucuras e gastarem todos os seus objectos de papel e metal cuja função de troca permite adquirir coisas para uso geral, mas não unicamente, pessoais. Essa glândula Comprálamo segrega geralmente toda uma dose de 5H0PP1N6 para a corrente sanguínea aos sétimos dias das semanas (vulgos, "domingos", "dia sagrado", "dia santo", "dia de deus", "dia de missa" ou "dia de ficar em casa a coçar os tomates") daí o elevado número de Homo sapiens sapiens a invadirem estableciementos comerciais (vulgos, "Centros Comerciais", "Shoppings", "centros comerciais", "CC" ou "pasto de gado"). Os Homo sapiens sapiens têm ainda uma regulação nessa glândula que faz apenas com que deixe de produzir 5H0PP1N6 quando a pessoa já trocou todos os objectos de troca (vulgo, "moedas e notas", "massa", "carcanhol", "money", "pilim", "tostão", "paus", "contos", "euros", "dólares" ou "dinheiro"). Nessa altura é a vez da glândula de Falencius (descoberta por Absul U. Tley Falencius; n. 2 de Abril de 1857; m. - 3 de Agosto de 1909, causa mortis - suicídio por falta de objecto de troca) segregar a substância M1S3R14, que pode levar a duas consequências completamente aleatórias: ou os Homo sapiens sapiens param de trocar determinados objectos de troca por outros, antes que os objectos de troca autorizados por entidades superiores (vulgo, "governo", "parlamento", "assembleia", "presidente", "rei", "líder", "chefe de governo", "chefe", "patrão", "fürer", "sacanas", "porcos de m***a", "c*****s do c*****o, filhos da p**a, malfadado o dia em que os ajudei a pôr em cima do lugar que agora ocupam" ou "José Sócrates") acabem por, bem, acabar; a segunda opção para os Homo sapiens sapiens é a ausência total de objectos de troca. Nesse caso recorre-se a um empréstimo de objectos de troca (vulgo, "empréstimo", "crédito" ou "contrato com muita letra miudinha") com o objectivo de serem divididos ao longo de um período de tempo para serem restituídos (vulgo, "prestações", "tensa mensal/semanal/diária/anual", "cana de pesca periódica às nossas carteiras") a uma entidade estatal ou privada (vulgo, "bancos", "banqueiros", "fascistas", "porcos capitalistas", "mentirosos" e "sanguessugas de um raio") com prestações acrescidas de elevados objectos de troca (vulgo, "taxas de juro" ou simplesmente "juros"). Esses empréstimos levam, a maior parte das vezes a uma ainda maior ausência, mais total e completa, de objectos de troca. No entanto, há Homo sapiens sapiens que nasceram com a glândula Comprálamo atrofiada (vulgos, "sensatos", "premeditados", "poupados", "forretas", "gananciosos" ou "egoístas") e que não sentem a tentação de invadir os establecimentos comerciais com o objectivo de trocarem todos os seus objectos de troca todos os sétimos dias das semanas. TM