17/09/20

Mexidas Parte 2

Que isto ainda mexe. DC

Mexidas

 Diz que isto ainda mexe. TM

12/05/15

1324 dias mais tarde

A minha última actualização neste blog data de 26 de Setembro de 2011, sendo eu a pessoa que há mais tempo se mantinha em silêncio por estas bandas. Umas quantas coisas alteraram-se na minha vida. Em jeito do que TM fez antes, aqui ficam alguma:

- Para além de também ter mudado de óculos, alterei radicalmente o tamanho constante do meu cabelo, portanto há uns aninhos que não chega ao ninho de ratazanas que ostentava na foto aí no fundo.

- Estou, há quase dois anos, licenciado em Estudos Artísticos na variante de Artes do Espectáculo, estando, por isso, pronto a ostentar qualquer cargo que encontre em cadeias de fast-food.

- Encontrei um muito renovado amor pelo teatro, tanto em praticá-lo como em ser seu espectador.
Também descobri um novo lado de cinéfilo e televiséfilo(?)

- Em 2013 fui Imperador do mundo durante 4 dias mas depois o Papa Francisco foi eleito e lixou-me o sistema.


Espero que consigamos revitalizar o nosso Bananaphone que, parecendo que não, há já muitos anos que faz parte das nossas vidas. Acompanhem-nos nesta nova odisseia que ou terá o início de uma nova era ou acabará com este blogue a ser abandonado durante mais 3 anos. DC

10/05/15

TM Responde: "Porque é que não voltaram a escrever aqui mais cedo, meus burgessos?"

Desde o início dos tempos que o Ser Humano - não sempre Ser Humano como o conhecemos, mas com umas outras variações e conchinhas mais interessantes que esta que agora habitamos - acha que deixar coisas a meio é bom. Ora, fizemos oito anos no passado dia 16 de Fevereiro, e, como não podia deixar de ser, desde o nosso quarto aniversário que nada era assinalado. Quatro anos e picos se passaram, e voltamos a ter actividade. Pronto. Ficou mesmo a meio. Calhou bem. Agora já podemos voltar a escrever. Até já! TM

Mais de três anos depois

Tenho outros óculos, o que faz com que a foto ali no fundo esteja desactualizada.

Temos um novo Papa no mundo, e quis ser diferente dos outros, portanto decidiu chamar-se Francisco, que é só, para aí, o quinto nome mais comum em Portugal.

Isto ainda mexe.

Tenho uma máquina de café Nespresso e o meu café preferido é o Rosabaya, o segundo é o Volluto, e o terceiro é o Arpeggio, fora edições limitadas que, pronto, só se compram durante duas ou três semanas.

Ando viciado em Agatha Christie, que ando a devorar às paletes.

José Sócrates, antigo Primeiro-Ministro, está em prisão preventiva.

Maria de Lurdes Rodrigues, antiga Ministra da Educação do Governo de José Sócrates, foi condenada a três anos e seis meses de pena suspensa.

Mariano Gago, antigo Ministro do Ensino Superior e da Ciência do Governo de José Sócrates, faleceu.

Consoante os dias, ora estamos em recessão, ora estamos em crescimento.

O desemprego está a diminuir, de acordo com o Governo, mas não de acordo com o INE, o que é uma chatice, porque é o INE que informa o Governo dessas coisas.

O Cavaco ainda é Presidente da República, mas esteve mais calado que este blogue nos últimos três anos.

Mudámos de endereço de email, e agora é mail.bananaphone@gmail.com

Por hoje é tudo, que aqui na terra já são quase três da manhã. Noutro dia haverá mais. TM

15/04/12

Os Grandes Portugueses

Começo a dizer que acho que há duas coisas que são erradas: primeiro, que todos temos uma criança dentro de nós; segundo, que não nos esforçamos o suficiente.

Não, este não é um post acerca da crise financeira. Este é um post a propósito de portugueses. Após muito pensar, acho que cheguei a uma conclusão interessante. É tão interessante quanto inesperada. E, por mais giro que pareça, responde àquilo que afirmei logo ali em cima, em itálico.

Ora bem, os portugueses são estúpidos.

Não é um tipo de estupidez comum e vulgar, atenção. É um tipo de estupidez único, impossível de emular noutros sítios do planeta. Isto porquê? Porque - ao contrário do que se diz com crianças - os portugueses têm palhaços dentro deles. Não bons palhaços. Não aqueles de cara pintada de branco que, numa festa, faz rir metade da plateia enquanto a outra metade vai ter pesadelos à noite. Não. São aqueles palhaços mesquinhos, que estão prontos a pisar os calos ao vizinho e tramá-lo de tantas formas quantas sejam aquelas a que tem acesso. Os portugueses são aquele tipo de pessoa que faz mal, sabe que está a fazer mal, sabe que não devia fazer o que está a fazer porque prejudica os outros, mas faz à mesma porque dá um gozo do caraças.

Os portugueses são aqueles que têm o sapato desapertado, tira os cordões e faz uma corda entre dois postes para alguém tropeçar.

Os portugueses esforçam-se, verdadeiramente, para conseguir fazer o mal a outras pessoas; esses são geralmente portugueses e vão, também eles, fazer mal a mais não sei quantos; e assim sucessivamente, em bola de neve, até alguém morrer.

Sim, porque acho que só parará aí, um dia. "Então, mandaste a tia Clotilde da janela?"

E é só porque a tia Clotilde não pode fazer mais mal a ninguém! (Mas aposto que será um fantasma estúpido, daqueles que põe a torneira a pingar quando estamos quase a adormecer...)

Meus amigos, acho que a resposta a este problema é muito simples: deixar de ser idiota.

Por exemplo, na questão do estacionamento.

Na minha rua há carros estacionados no passeio de tal forma, que uma pessoa tem que andar tipo caranguejo, para ir de onde eu moro até ao largo abaixo da rua, de lado. Esses carros são lá estacionados por imberbes sem qualquer tipo de respeito pelos outros, pelos seus vizinhos e por eles próprios. Essas bestas não têm qualquer tipo de consideração por pessoas com cadeira de rodas ou carrinhos de bebé, que têm que ir pela estrada. Esses grunhos não são capazes de procurar, durante 5 minutos da sua vida, outro sítio para estacionar. Esses cancros da sociedade ainda ficam, depois, muito chateados porque foram multados. Esses nabos não querem andar durante 10 minutos do estacionamento legal até suas casas.

Mas está tudo bem.

Porque o que importa é chatear o outro.

E disso, meus amigos, teremos sempre superávit nas nossas contas públicas. TM

10/10/11

Combater o acordo ortográfico

Informo o caro leitor, ou a cara leitora se de uma leitora efectivamente se tratar, que, até há bastante pouco tempo, tinha uma posição ambígua quanto ao acordo ortográfico. Sim, eu como pecador me confesso. Mas não mais. Pensei muito sobre a questão, consultei o que devia ter consultado antes, vi o que especialistas tinham a dizer sobre o assunto e, finalmente, vi o que não especialistas tinham a dizer sobre o assunto. Em qualquer um dos casos obtive um não: "Não, Tiago, o novo acordo ortográfico não é algo de bom. Vá agora desvia lá o olhar e vai ver filmes badalhocos ou algo mais educativo". E, por isso, depois de chegar à minha conclusão, tive que pensar, como pequeno lutador que sou, em formas e maneiras de combater o acordo. E é disso que este texto trata. Ora, sendo eu um comum cidadão - apesar de pequeno lutador - não há grande coisa que possa fazer. Tivesse eu mais poder e seria tudo mais fácil (aah, a ironia: bradam aos céus e a quem os quiser ouvir que a democracia, esta que temos, é a melhor que podia existir e depois um comum cidadão - aquele que devia ser a base e os alicerces do poder democrático - não pode fazer nada), ou dinheiro, ou ambos, como parece ser sinónimo neste nosso país à beira mar plantado. Mas há uma coisa que posso, efectivamente, fazer. Posso jogar pelas regras e apodrecer o jogo por dentro. Explico.

Tomemos em consideração três palavras: "acção", "Egipto" e "facto". Todas estas palavras têm em comum uma consoante que estar lá ou não estar é igual ao litro, aparentemente. Mas, no entanto, uma delas perde definitivamente a consoante, outra fica com a consoante quando calha e a outra fica com a consoante, pelo menos, até ao acordo de 2025 (a haver). Ou seja, "acção", cujo 'c' é completamente mudo, perde a consoante; "Egipto", cujo 'p' é ou não lido pelas pessoas, dependendo de quem diz a palavra, pode perder ou não a consoante alegadamente muda; e, por fim, "facto", cujo 'c' provoca uma espécie de fecho no som "-(c)to", mantém-se inalterado.

É esta a medida mais polémica do acordo ortográfico e, também, a mais conhecida. O apagar de consoantes quase indiscriminadamente lança sobre a sociedade portuguesa e sobre o pessoal da área de letras um dilema bastante grande. É que, se se apagam as letras que não são lidas, os 'cc' e os 'pp', as próprias palavras mudam. "Directo", por exemplo: lê-se "di-ré-to" porque tem lá um 'c'; perdendo o 'c' nenhum linguista ou intelectualóide me pode impedir de ler o que está lá escrito na verdade, que é "direto", ou seja, "di-rê-to". "Acção", perdendo o 'c', deixa de se ler "Á-ção" para passar a ler "assão", sem acento na primeira vogal. O mesmo com "actor". Na sua excelente crónica desta semana na Revista Visão, escreve o humorista Ricardo Araújo Pereira:
"Recepção" escreve-se com 'p' atrás do 'ç'. É assim porque o 'p' provoca uma convulsão no 'e' - sem lhe tocar.
De facto, é isto o que acontece. Se não houvesse o 'p', "recepção" (lugar onde alguém recebe outras pessoas num estabelecimento, geralmente comercial) seria homófona de "recessão" (aquilo que os ministros das finanças e economia insistem em meter o povo - mas não os ricos), e, como o leitor mais arguto terá já percebido, não são homófonas.

Portanto, o que eu proponho ao caro leitor, à cara leitora e a todos a quem este texto chegar, é jogar pelo jogo dos pseudo-intelectuais e pseudo-linguistas e ler as consoantes outrora mudas. Tornar as consoantes lidas, nem que seja só uma pequena "convulsão", como lhe chama Ricardo Araújo Pereira, um pequeno reflexo vindo do fundo da garganta que faça com que os outros pensem "então mas que raio". Continuem a escrever com o antigo acordo. Insistam e resistam. Inovem a fala, ponham lá as consoantes que fazem falta para as palavras se perceberem. Não deixem que a nossa língua nos seja roubada por uma elite - a língua é de todos e, se for para matar, ao menos que morra de forma democrática. TM

(Post publicado em simultâneo no meu blogue pessoal, Dia T)

27/09/11

Duas notícias...

Ora bem, se uma tem tudo para ser bizarro, a outra tem tudo para nos trazer instintos homicidas. Não me vou prolongar em comentários, até porque não quero. Aqui estão, então, os dois pedacinhos de notícias que resolvi escolher, qual convidado do "5 para a Meia-Noite" (hahaha, pensas que és só tu, DC?), do dia que já se passou:

Médico declara morte de mulher que afinal estava viva
e
Merkel sugere perda de soberania para países que não cumpram critérios de estabilidade

Obrigado e tenham um excelente dia. TM

26/09/11

Eu tenho um sonho.E é esquisito como tudo

No post anterior a este, TM referiu-se a sonhos, nomeadamente aqueles que se inserem na categoria "MAS QUE RAIO..?". São aqueles que temos de vez em quando mas que não fazem sentido algum e que, quando chega a hora de acordar, nos questionamos o que acabou de acontecer no nosso inconsciente ( isto, lá está, quando nos lembramos, visto que perdemos milhares e milhares deles por falta de memória). Pois bem, seguindo as pisadas de TM, relato-vos eu dois sonhos que tive, que me marcaram pela sua caracteristica tão "Mas que raio?"

O primeiro:

Isto passou-se no 10º ano. Estava eu e grande parte da minha turma numa ilha em tudo semelhante, se não era a mesma, à do programa "Lost". Com o progredir daquilo reparei que não era só a ilha que assim o era, a minha turma também. Eu era a estrela de rock reformada ( à semelhança do programa). A dada altura chega um helicóptero, sendo que pensava que seria para nos levar dali. Mas não, sai de lá um tipo vestido como um Storm Trooper mas preto e começa aos tiros. Dois deles foram parar a malta de quem eu não gostava, o que até foi engraçado. Em seguida, a minha amiga e colega de carteira ( um beijinho para ela se estiver a ler isto), leva um tiro e de repente fica com um bebé na mão, que claramente não tinha antes, e entrega-mo. Esta criança não volta a aparecer. De seguida saem dois colegas meus que estavam a ter relações sexuais num arbusto e ele pergunta: "Ei? Mas o que é que se passa?". Do nada o helicóptero desaparece, tal como os Black Troopers e alguem se lembra que tem um barco insuflavel no bolso. Entramos todos no barco e acabamos por encontrar um cargueiro. Subimos para cima deste e descobrimos que o seu capitão é nada mais nada menos que Nuno Markl. Não me lembro do que se passou a seguir mas alguém deu um tiro no capitão que caiu borda fora e em seguida o barco explode. E acordo.

O segundo

Mais recentemente. Estava eu e o meu amigo DM a andar numa floresta qualquer, no que parecia uma reunião de escuteiros. A dada altura encontramos uma casa de madeira, com portas de vidro e tomamos a decisão de entrar. Contudo reparámos em duas coisas. A primeira era que a porta estava trancada. A segunda é que estava um aglomerado enorme de pessoas do lado de dentro, nas quais estavam distintamente TM e BT. Estas pessoas queriam sair desesperadamente pois batiam com as mãos no vidro e gritavam, enquanto nós queriamos entrar. Virei a cabeça por instante a procura de outra solução e quando me preparava para perguntar o que deviamos fazer, DM estava vestido de ninja e começou a correr na direcção oposta. Eu segui-o e a dada altura estava no Parque Campismo de Aljezur, agora tambem eu vestido como ninja. Por alguma razão começámos a falar baininho e a andar nas pontas dos pés, apesar de ser de dia, e rebolavamo-nos no chão para passar de um lado para o outro. Foi nesta altura que voltei para o mundo real.

Quando chegam ao fim, chegamos à conclusão que são estranhos como tudo. Não sabemos é porque o são ou porque não fazem um pingo de sentido. Apelo eu também a algum leitor aqui do blog entendido em análise de sonhos ( não, ter visto o "Inception" não conta), e já agora, quiçá partilhar alguns destes pedaços do inconsciente. Até porque, apesar de tudo, costumam ser bem mais agradáveis do que a realidade. DC

25/09/11

Cerelaquices

Diz o Papa Bento XVI, também conhecido pelo modesto padre Joseph Ratzinger, seu alter-ego:


E eu respondo: devem, sim. "A religião é como um pénis: é bom ter um, não há problema em ter orgulho nele. Mas, por favor, não o mostres em público e não o comeces a balançar por aí. E, POR FAVOR, não o tentes enfiar pela goela das nossas crianças abaixo." TM